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Mulheres e dores na coluna na Pandemia



As dores na coluna sempre foram uma queixa recorrente na população adulta e economicamente ativa. Com o isolamento social e a necessidade do trabalho ser em Home Office a incidência de dores crônicas de coluna acabaram disparando, principalmente entre as mulheres.


E quando digo dores na coluna me refiro também as cervicalgias (dores no pescoço), as dores torácicas e as ciáticas.

O que leva á esse aumento é que as mulheres acabam tendo que realizar além das atividades laborais também as tarefas domésticas, e em maior intensidade pois todos estão em casa. Dentre elas são cuidar dos filhos, das tarefas da escola deles, da casa ou um ente querido que tenha adoecido, sendo uma maior exposição aos trabalhos repetitivos.


Outro fator que também ajuda é que com toda essa correria sobra pouco tempo para cuidarem de si, especialmente para realizarem uma atividade física supervisionada. O sedentarismo associado as diferenças nas características anatomofuncionais das mulheres, como menor estatura, menor massa muscular, menor massa óssea, articulações mais frágeis e menos adaptadas ao esforço físico extenuante podem acarretar mais sobrecarga na coluna.


Outro ponto importante á ser relatado é que com a diminuição ou o abandono da prática de atividade física e menor deslocamento no ambiente (do quarto para a sala, da sala para a cozinha...) houve um aumento no índice de sobrepeso das pessoas em Home Office. O aumento do peso leva à sobrecarga na musculatura, assim como a processos inflamatórios nos ossos e desgastes do disco vertebral, favorecendo o aparecimento de lombalgia e hérnia de disco, entre outras doenças na coluna.


O tabaco também é um grande potencializador da dor nas costas. Há evidências de que fumantes e ex- fumantes estão mais predispostos a desenvolverem dor crônica, pois a nicotina levaria a uma ativação do sistema imunológico, predispondo a doenças reumáticas e dor lombar, entre outras condições.



Fonte: Rev Saude Publica. 2017;51 Supl 1:9s. Fatores associados à dor crônica na coluna em adultos no Brasil. MaltaI et al

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